quarta-feira, 13 de maio de 2015

O Reverso da Medalha


Não é sobre o livro de Sidney Sheldon, o qual intitula essa postagem, mas peguei emprestada a expressão para falar de um assunto que nunca, e eu disse nunca mesmo, ouvi ninguém comentar, ou dizer que já lhes ocorreu.

A maioria das pessoas que gostam da literatura sentem-se atraídas pelas adaptações cinematográficas, e ficam tão ansiosas para o lançamento, quanto ficam para a liberação de novos volumes, se houverem.

Comigo aconteceu “o reverso da medalha”, após assistir ao filme Memórias de uma Gueixa, me apaixonei de tal forma pela história e pela sensibilidade com que foi tratado que no dia seguinte comprei o livro em uma mega promoção online e na semana seguinte estava viajando para o Japão.

O mais interessante estava no fato de experimentar uma sensação nova. Sabe quando sempre nos frustramos ao ler o livro e não gostar do filme por diversas razões (mas mesmo assim persistimos em assistir), seja pelos personagens que não se assemelhavam ao que era descrito, seja por alterações no enredo? Bem, a sensação não foi reversa como podem estar pensando, eu ter gostado mais do filme que do livro. Mas apaixonei-me pelos dois de forma diferente.

Percebi então uma nuance diferente na interpretação dada por produções audiovisuais, daqueles livros sedutores. O simples fato de a infidelidade existir torna-os únicos e provocam emoções adversas que a maioria não consegue entender, e por isso críticas de todos os tipos aparecem.

Essa experiência trouxe um desprendimento interpretativo que me permitiu saborear tanto os livros quanto suas adaptações de forma mais aguçada.


Procuro desde então, todas as formas de transposição de uma ideia. Minha visão crítica ampliou-se ao contrário do que se possa imaginar e por isso faço o convite: explore primeiro o audiovisual, depois a leitura. Se já tiverem vivenciado essa experiência, compartilhem conosco. O blog está aberto para novas experiências.


Moderadora, colunista, estudante de Jornalismo e feminista.
Eclética por natureza, repertório literário, cinematográfico, e ‘blá blá’ é que não falta.
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