Esse
filme é daqueles que não precisa de efeitos especiais, ou de uma bela
fotografia. A história já é suficiente para torná-lo excepcional.
Alice
(Julianne Moore) é uma professora renomada de linguística, de inteligência
acentuada. Após perceber sozinha algumas falhas em sua memória, descobre que
possui precocemente Alzheimer.
A interpretação da personagem pela Julianne Moore é um
choque! Ela arrasa pela forma singela e delicada com que trata o drama. Os
outros personagens tornam-se quase obsoletos diante dela. Todos os prêmios que
a atriz recebeu pela sua atuação foram mais que merecidos.
Mas voltando ao filme... Para aquela mulher (e para qualquer
pessoa com a doença), esquecer quem é, quem um dia já foi ou não reconhecer as
pessoas que ama é devastador, e desesperador não se lembrar sequer onde fica o
banheiro. É preciso muito amor familiar para suportar tudo e ter a certeza que
não será abandonado (a) num asilo.
“Toda a minha vida eu acumulei memórias - elas se tornaram, de certo modo, os meus bens mais preciosos.” - Alice Howland. Para Sempre Alice
Ao contrário do que diz a sinopse do filme sobre a relação
dela com o seu marido (Alec Baldwin) ficar abalada, percebi que ele foi mais
forte que poderia imaginar. Ele e a filha mais nova do casal, Lydia (Kristen
Stewart) foram fundamentais para ajudar Alice na sua perda.
O mais tocante no enredo é perceber que a doença não apaga
apenas memórias, mas apaga a si mesma, morre-se ainda vivo.
É instigador, irreverente e singelo. Portanto, perfeito!
Moderadora, colunista, estudante de Jornalismo e feminista.
Eclética por natureza, repertório literário, cinematográfico, e ‘blá blá’ é que não falta.
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